João Capiberibe toma posse como senador pelo Amapá
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Capiberibe
foi o segundo candidato a senador mais votado nas eleições de 2010 em
seu estado, com mais de 130 mil votos, ficando atrás apenas de Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP), que obteve mais de 200 mil votos. Com a impugnação
pela Ficha Limpa, tomou posse Gilvam Borges (PMDB-AP) que, licenciado,
vinha sendo substituído pelo 1º suplente, seu irmão Geovani Borges
(PMDB-AP). Este se despediu na semana passada do Senado. Capiberibe
disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou seu mandato em 2004
"tendo como única prova" dois depoimentos que o acusavam de comprar
votos por R$ 26. Ele disse que essa "história rocambolesca" custou a ele
e a sua esposa seus mandatos, mesmo inocentados pelo TRE.
-
Há seis anos, desta tribuna, eu me dirigi a um Plenário atônito,
atropelado pelos fatos. Estava sendo expurgado do mandato de senador por
decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Lembro que a tensão e o odor de
conspiração dominavam o ambiente. Hoje o clima é outro - disse.
Neste
ano, a Lei da Ficha Limpa foi considerada inaplicável ao pleito de 2010
pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, Capiberibe conseguiu o
direito de tomar posse no Senado, sendo diplomado em 14 de novembro pelo
TRE-AP. Ele já exerceu mandatos como prefeito de Macapá e também como
governador do estado. Capiberibe afirmou da tribuna que nesta
terça-feira (29) chegava ao fim seu "segundo exílio político". Lembrou
da perseguição sofrida por ele e sua esposa, a atual deputada federal
Janete Capiberibe, durante a ditadura militar iniciada em 1964 que impôs
a eles seis anos de prisão. Ficaram presos 11 meses e seguiram para o
exílio "no Chile do inesquecível companheiro Salvador Allende". Em seu
discurso, o senador fez referência especial aos colegas Antônio Carlos
Valadares (PSB-SE), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Lídice da Mata
(PSB-BA), mas não se esqueceu de cumprimentar os colegas de bancada.
- Também gostaria de cumprimentar o senador José Sarney e o senador Randolfe Rodrigues, a quem me junto, a partir de agora, para compor a representação do meu querido estado do Amapá - disse.
Capiberibe
disse ainda ser de conhecimento público suas divergências políticas com
o senador José Sarney, mas afirmou que nada vai atrapalhar a união da
bancada do Amapá em prol dos interesses do estado.
-
Confesso que, independente das divergências políticas e ideológicas que
possamos ter, vamos trabalhar pelo Amapá acima de tudo. Não vou negar: é
notório que existem diferenças com meu colega de bancada, senador José
Sarney. Mas devo admitir que, para atender às demandas do povo que nos
elegeu, isso não será um obstáculo. Vamos juntos definir um plano de
ação da bancada e agir de forma articulada junto à presidente Dilma e ao
governo federal - garantiu.
O
senador lembrou ainda que é de sua autoria o projeto de lei que, depois
de aprovado pelo Senado e pela Câmara, foi transformado na Lei
Complementar 131/2009, a Lei da Transparência, que tornou obrigatória a
exposição das receitas e despesas de todos os entes públicos na
internet. Avisou também que apresentará nos próximos dias projeto para
que os consumidores sejam obrigatoriamente informados dos impostos que
incidem sobre bens e serviços. Ao final de seu discurso, Capiberibe
prestou homenagem ao ex-governador pernambucano Miguel Arraes e a
Danielle Miterrand, viúva do ex-presidente francês François Miterrand
falecida recentemente. Depois do discurso de Capiberibe, os senadores
Rodrigo Rollemberg, Marinor Brito (PSOL-PA), Randolfe Rodrigues, Marcelo
Crivella (PRB-RJ), Antônio Carlos Valadares, Lídice da Mata e Humberto
Costa saudaram e comemoraram o retorno do colega à Casa.
Fonte: Augusto Castro / Agência Senado
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